quinta-feira, 29 de maio de 2014

Dia 29 de maio

Dia 28 deste ano, meu último tio faleceu em extremo sofrimento, um câncer feroz foi a causa... Foi sepultado neste dia.
Foi uma pessoa de poucos amigos ou nenhum, e que cometeu atos incontáveis, contudo, foi criado pelo mesmo Deus que criou Madre Teresa de Calcutá e da mesma forma foi amado por Ele.
Lembrei-me de Eclesiastes 9:2-3, e como Deus nos deixa claro que a todos sucede o mesmo; tanto ao justo, quanto ao injusto, porque todos estão debaixo do mesmo sol, da mesma graça... 
Para mim foi uma pessoa que precisava ser salva de si mesma e sabendo eu, que a graça de Deus é infinita e não escolhe bons ou maus, descanso meu coração nesta mesma graça em relação a ele.
Não fui ao velório e me arrependi muito, mas Deus sabe que o amava e que desejo de todo o coração que esteja em paz... (Fiquei muito triste).
Este poema de Edgar Alan Poe o descreveu muito bem... 
Que a graça e a luz de Deus possa recebê-lo de braços abertos, assim como recebeu aquele ladrão do lado direito da cruz...

"Eu nunca fui desde a infância jamais semelhante aos outros. 
Nunca vi as coisas como os outros as viam. 
Nunca logrei apaziguar minhas paixões na fonte comum.
Nunca tampouco extrair dela os meus sofrimentos. 
Nunca pude em conjunto com os outros despertar o meu peito para doces alegrias,
E quando eu amei o fiz sempre sozinho. 
Por isso, na aurora da minha vida borrascosa evoquei como fonte de todo o bem o todo o mal. 
O mistério que envolve, ainda e sempre, 
Por todos os lados, o meu cruel destino..."
Edgar Allan Poe
"Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.
Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo; e que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade, e que há desvarios no seu coração enquanto vivem, e depois se vão aos mortos." Eclesiastes 9:2-3

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