sábado, 10 de novembro de 2018

Dança do Ventre...

A dança do ventre...
Essa dança encantadora que tem o dom de desabrochar de nosso lado mais feminino, àquele tantas vezes esquecido, abandonado por essa correria do dia a dia. Além de nos dar uma consciência corporal da qual nem imaginávamos possuir, também é uma dança que nasce do ventre e há algo mais feminino que isso? (Entre outras coisinhas que não cabe dizer aqui e ficará só entre nós mulheres! rsrs). 
Então, naturalmente, começa o despertar do nosso lado mais doce, sutil, malicioso... Você chega encolhidinha, com brinquinho pequeno e toda desengonçada e de repente você começa a se sentir bonita, você aprende a sorrir mesmo com dor e deixa de importar se estão cumprindo ou não os padrões de beleza, porque o sentido dela é muito maior que tudo isso... 
Vem como uma nova possibilidade, um resgatar-se mesmo! 
O tamanho dos brincos aumentam e pode acreditar esse é um dos primeiros sintomas!  E depois? A purpurina, os véus, quiçá os céus!
E a gente fica meio sem vergonha também! Sem vergonha do corpo, sem vergonha de sorrir, sem vergonha de se sentir bonita, sem vergonha! Maravilhosamente sem vergonha!
Pois foi bem isso que pensei quando vi aquela antes desengonçada dançando em frente ao espelho e mal acreditei que era eu! 
Uma dança essencialmente feminina, se não dançarmos pela beleza na qual ela se apresenta, que seja pelo que ela desperta! 
Pela alegria dos encontros, pelo despertar feminino, por todo bem que ela faz para mulheres tantas vezes abandonadas por si mesmas... 
"La vie est une aventure"!

Silvana Jacob
Brasília, 10 de Novembro de 2018