Hoje minhas maiores inspirações são meus filhos, tão cheirosos com suas vozes doces e por vezes salgadas, dos olhares apaixonantes.
Nada como suas sinceridades esmagadoras, seus ímpetos e gestos singelos...
E por causa deles aprendi a ver as outras crianças como se fosse uma extensão deles mesmos, uma dádiva do amor divino, todos os olhinhos se tornaram olhinhos de filhos no meu coração, porque aprendi a ver neles o olhar de meus próprios filhos.
A Fazenda Zé Ritinha: Uma fazenda que em minha memória ficou colorida assim, onde se resumiu o canto à alvorada, onde os risos se fundiam aos grunhidos dos porquinhos, onde o cabelo de tranças era motivo de zombarias e choros, onde meu irmão aprontava todas e mais algumas...
Para outros, apenas uma pequena e enlamaçada fazendinha.
E depois...
Houve tristes separações, outros lugares e novas “fazendinhas” foram nascendo em mim. Vieram os novos irmãos, os primos e apesar dos pesares e das dores aplicadas a cada um de nós por anos de incompreensão, na memória ficou entalhado os bons olhares, os bons abraços e afagos, os afetos de alguns que a tudo sobrepuja em detrimento ao sofrimento aplicado por outros, enfim, se há de escrever, que seja para o bem, porque bom mesmo é guardar os dias bons no coração e memória...
- Fazenda Zé Ritinha
- Os Cheiros e Cores do dia
Desejo que possa servir de inspiração ao seu coração e que você compreenda o cuidado de Deus para com você mesmo em meio às tempestades da vida.
Como um copo d’água a um pequenino do Pai.
Silvana Jacob